As lesões tendíneas nas extremidades distais dos membros estão entre as mais freqüentes alterações do aparelho locomotor na rotina clínico-cirúrgica humana e animal e, não raro, necessitam de terapias adjuvantes para seu completo retorno às funções fisiológicas. O ultra-som terapêutico (UST) é a modalidade mais utilizada nas clínicas de reabilitação para tratar lesões tendíneas, mas devido à falta ou a divergências de estudos específicos sobre seus efeitos no tecido ósseo, sua utilização sobre as regiões distais dos membros, ricas em protuberâncias ósseas e áreas desprovidas de cobertura muscular, sempre preocuparam os profissionais da área médica. No intuito de esclarecer os efeitos do UST sobre o tecido ósseo, seis cães receberam tratamento ultra-sônico contínuo, de 1MHz, durante cinco minutos diários, por um período de 20 dias sobre a região craniodistal do rádio e da ulna. A intensidade do UST aplicada foi de 0,5W [cm.sup.-2] no membro torácico direito, ficando o membro contralateral como controle. A região distal de ambos os membros torácicos foi radiografada para análise de densitometria óssea em imagens radiográficas, antes do início da terapia e ao final do tratamento. Não houve alterações significativas de densidade mineral óssea entre os membros tratados e os controles. Concluise que dentro dos parâmetros utilizados no experimento a utilização do UST em regiões ósseas protuberantes ou desprovidas de cobertura muscular pode ser feita com segurança.
Palavras-chave: reabilitação, fisioterapia veterinária, densidade mineral óssea.
Tendon lesions on distal extremities of the limbs are among the most frequent alterations of the locomotor system in the human and animal clinic-surgery routine, and frequently need supplementary therapy for the complete recovery of the physiologic functions. The therapeutic ultrasound (TUS) is the mostly used apparatus in rehabilitation clinics to treat tendon lesions, but due to the lack or the divergence on specific studies about its effects in bone tissues, the use of TUS in distal regions of the members, which are rich in bony protuberances and muscle-less areas, always concern the medical professionals. For the purpose of enlightening the TUS effects on bone tissue, six dogs received a continuous ultrasound treatment of 1MHZ for 5 minutes per day on distal-skull area of radio and ulna during 20 days. The TUS intensity applied was 0.5W [cm.sup.-2] in the right thoracic member leaving out the counter-lateral member for control. Before the beginning and in the end of the treatment, the distal area of both thoracic members were radiographed for analysis of bone densitometry in radiographic images. There wasn't any significant alteration in bone mineral density between the treated members and the control members. Based on the parameters used in this experiment one can conclude that the use of TUS in bony protuberances and muscle-less areas can be done with safety.
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